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Coisas do mundo e conceitos da autora, que tem uma visão contemporânea do comportamento humano.

sábado, 31 de janeiro de 2009

Vivendo com um chip dentro da cabeça



Entrando na Matrix. Será esse nosso fim? Ou nosso começo? Em tempos de BB (Big Brother), de câmeras indiscretas e de total falta de privacidade, o filme “1984” é um dos mais atuais. Sugiro assistir, mas aqui, vou focar outro filme: “MATRIX”.

“Matrix” é uma trilogia com alta mensagem filosófica. Na minha interpretação, de forma bem simplificada, a MATRIX nada mais é do que uma forma cada vez menos humana de se relacionar com a sociedade. Consumo em excesso e de forma irresponsável, pensamentos e atitudes egocêntricas, a valorização de líderes e pessoas com poder desassociadas da ética e do bom caráter. A MATRIX é a total falta de conexão com bons e verdadeiros valores.

Se por acaso algum desavisado não sabe o que é o filme MATRIX, transcrevo aqui alguns trechos de sites:
- “A trilogia Matrix é uma fantástica aventura cibernética, recheada de efeitos especiais, onde a Terra foi totalmente dominada por máquinas dotadas de inteligência artificial, que passaram a ter controle sobre a raça humana. Os homens e todo o nosso mundo não passam de um software, um programa de computador, uma mera ilusão. Resumindo, nessa trilogia, nosso complexo mundo físico, com todos os seus ecossistemas e nosso sofisticado corpo humano não passam de uma realidade virtual, como um joguinho de computador, semelhante ao The Sims, Sim City ou Age of Empires."
- "Matrix também tem uma forte analogia com o cristianismo. Existe uma trindade benigna no filme, composta por Trinity ("Trindade", em inglês), Morfeu ("deus dos sonhos" na mitologia grega. Ele faz o papel de João Batista ao preparar o caminho para o "escolhido" e o de Deus Pai ao assumir a figura paterna de todos que já foram libertos da ilusão) e Neo (do grego "novo". Esse é o "escolhido" e um substituto para Jesus Cristo)."
- "O que é a Matrix? Matrix representa o conjunto de valores, crenças, regras, sistemas e condicionamentos que mantém a mente aprisionada, impedindo a liberdade necessária para que ocorra o despertar da inteligência criativa e amorosa. Matrix é a soma dessa poderosíssima energia coletiva negativa que nos impulsiona a esquecer nossa própria liberdade e nos ajustarmos a essa disfuncional e limitante escala de valores. O filme nos mostra que a inteligência só se manifesta quando se é livre para questionar, para pensar e para descobrir, de modo que a mente se torne bem ativa, alerta e esclarecida, capaz de ser uma luz para si mesma. Só assim seremos indivíduos plenamente integrados, e não uma entidade fragmentada pelos seus medos, dúvidas, descrenças e inseguranças que, sem saber o que fazer, interiormente sente uma coisa e exteriormente se conforma com outra.”
Na real, na nossa busca constante por auto-afirmação e falta de senso coletivo, caminhamos para a construção de uma Matrix, não dominada por máquinas, mas por pessoas que mais parecem máquinas.
Então, você quer viver na Matrix ou quer entrar na nave de volta ao ser humano? Escolha seu caminho. Mas uma coisa, não tem volta: cada um de nós tem um chip na cabeça. A questão é saber se ele terá valores do bem ou será mais valoroso para o mal. É deletar ou salvar o arquivo. A escolha é sua.

E encerro com um pensamento de Osho Rajneesh, mestre sábio da India: A maioria consiste de tolos, tolos absolutos. Fique alerta da maioria. Se muitas pessoas estão seguindo alguma coisa, isto é prova suficiente de que é uma coisa errada. A verdade acontece aos indivíduos, não as multidões.

Saindo da Matrix.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Humankind: marcas de pessoas para pessoas



Marcas são pessoas. Pessoas deixam marcas. Essa analogia é interessante, não concorda? E ainda: marcas são construídas de pessoas para pessoas. Gente fazendo marca de gente. E marcas fazendo gente.

Como Publicitária atuante em Comunicação, desenvolvo peças, textos, projetos e ações focando marcas a pessoas. E pessoas a marcas.

Uma não vive sem a outra. Marcas como signos, como etiquetas, como atitudes. Por isso, acredite firmemente que pessoas são feitas de cicatrizes, sejam boas ou não. E as marcas também deixam cicatrizes. Cicatrizes que modelam nossas ações, e para o bem-bom dos profissionais de marketing, o consumo. E não falo aqui somente do ato da compra, mas do comportamento da compra. A compra como atitude social está mais ligada a comportamento do que a nota fiscal, ligue-se.

Humankind? Sabe o que é? “Humankind é o novo posicionamento adotado pela Leo Burnett Worldwide (agência de comunicação). Um apanhado das mudanças atuais na forma de comunicação entre as pessoas, encontrando um lugar para as marcas se encaixarem com uma postura humana. Esse princípio é evidente como tendência para todas as marcas que desejam sobreviver e se fortalecer em qualquer mercado. As mais ousadas, visionárias ou inteligentes, já estão se mexendo há algum tempo, mostrando que “tendência” não é ficar sentado esperando acontecer. Com as pessoas no centro do processo de comunicação, a publicidade precisa se concentrar no comportamento humano, e assim, entender o que as pessoas fazem e porquê o fazem. Humankind é entender o comportamento das pessoas no que diz respeito a marcas, produtos e serviços. É sobre o que as pessoas acreditam e como preencher suas vidas e como as marcas podem oferecer isso.” (pesquisado na Internet)

GERAR CONSUMO DE MARCAS QUE TEM CONSCIÊNCIA DE SUA IMPORTÂNCIA NA MUDANÇA DE POSTURAS, PERANTE AS PESSOAS E O PLANETA. E atitudes corretas, em termos ecológicos e sociais. Isso é tarefa de quem faz produtos e serviços (e que por sua vez não são nada mais, nada menos, do que marcas), de quem faz marcas e de quem consome marcas. E todos nós fazemos ao menos uma dessas três coisas: consumimos. Eu participo fazendo marcas e consumindo. E adoro as duas coisas. Eba!

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Trilha Musical da Vida (ou o Som do Coração)



Dizem que cada um de nós tem uma trilha musical da vida, e acho que isso deve ser fato, pois a música sempre nos acompanha, já percebeu? Formaturas, casamentos, aniversários, entre muitos outros eventos de nossa história: sempre tem uma música de fundo. Nem que seja, na nossa mente. Você, assim como eu e milhões (acho que todos seres vivos humanos), tem aquela “coisa” de vez em quando, do cérebro ficar “cantarolando” uma música qualquer, que você ás vezes nem gosta, concorda? E se pergunta: “Como essa música está aí, no meu cérebro?”

Memes, diria Dawkins. Mas o que são “memes”? Veja a definição que encontrei na Internet: “Um meme, termo cunhado em 1976
por Richard Dawkins no seu bestseller controverso “O Gene Egoísta”, é para a memória o análogo do gene na genética, a sua unidade mínima. É considerado como uma unidade de informação que se multiplica de cérebro em cérebro, ou entre locais onde a informação é armazenada (como livros) e outros locais de armazenamento ou cérebros. No que diz respeito à sua funcionalidade, o meme é considerado uma unidade de evolução cultural que pode de alguma forma autopropagar-se. Os memes podem ser idéias ou partes de idéias, línguas, sons, desenhos, capacidades, valores estéticos e morais, ou qualquer outra coisa que possa ser aprendida facilmente e transmitida enquanto unidade autónoma. O estudo dos modelos evolutivos da transferência de informação é conhecido como memética. Quando usado num contexto coloquial e não especializado, o termo meme pode significar apenas a transmissão de informação de uma mente para outra. Este uso aproxima o termo da analogia da "linguagem como vírus", afastando-o do propósito original de Dawkins, que procurava definir os memes como replicadores de comportamentos.” Bem, mas esse é assunto para outra crônica/texto, pois é profundamente complexo. Voltemos a trilha sonora.

A música está em tudo, e se você pensar um pouquinho, nossa vida é feita de diversos momentos, cada um com músicas diferentes. A questão é buscar a sua trilha sonora, que define sua história.

Sei que vai ter gente que não vai concordar, e prá eles, digo: SIM, os artistas musicais estão fazendo uma verdadeira mescla (e isso é lindo, ótimo, uma delícia!) de estilos. Veja essa, que encontrei no site Ouvindo.com: “O mundo da música, ao contrário da indústria fonográfica, se atualizou, experimentou, metamorfoseou, e acabou misturando diversos estilos, e até criando novos. Rock, pop, rap, sertanejo, eletrônica, todos os estilos musicais hoje estão bem misturados, duplas sertanejas usam guitarras com riffs de rock, bandas de rock e heavy metal se valhem de instrumentos de orquestra, com estrutura digna de concertos, reggae se mistura com pop, mpb se alia ao som de sintetizadores e baterias eletrônicas, e o rótulo está lá, nas lojas (virtuais ou não), porém não fazem mais tanto sentido quanto faziam antigamente. Será realmente que ainda temos algo que seja puramente pop, rock ou qualquer coisa que o valha?”

Bem, eu, Dóris, independente da questão de categorização musical, acredito que nossa essência é baseada em apenas alguns estilos musicais. Por mais ecléticos que sejamos, sempre existe aquele (ou mesmo, aqueles) estilo de música que toca nosso EU, nosso ser íntimo. Tem sempre um (ou um pouquinho mais do que um) estilo que fala com nossa essência. Música é essência, é vida, tem conteúdo.

Agora, vamos fazer de conta que a “vida eterna” seria dividida em grupos, e cada um de nós iria para seu determinado grupo, comunidades separadas por estilos musicais. Para ajudar a se descobrir, veja o joguinho abaixo, que vai determinar a sua “tribo” principal e as preferenciais:
1) Rock Pop (estilo U2, Madonna) ou Rock Punk (mais pesadinho)?
2) Mpb ou Samba de Raiz?
3) Pagode ou Bossa Nova?
4) Instrumental ou Ópera?
5) Surf Music ou Axé?
6) Reggae ou Sertanejo?
7) Hip Hop ou Funk Brasileiro?
8) Blues ou Música Ambiente/Orquestrada?
9) Jazz ou Romântica Italiana?
10) Eletrônica ou Heavy Metal?
11) Músicas tradicionais Indianas ou Mexicanas?
12) Músicas tradicionais Africanas ou Tango?
13) Musicais Gauchescas ou Forró?
Depois de responder a cada um dos números/itens, você saberá suas categorias preferenciais. Depois, uma por uma, você vai selecionando-as, até chegar a sua principal.

Eu, por exemplo, sou essas categorias preferenciais: Rock Pop, Samba de Raiz, Bossa Nova, Ópera, Surf Music, Reggae, Hip Hop, Blues, Jazz, Eletrônica, Indianas, Africanas, Forró. Mas a principal é a categoria Eletrônica (que pode misturar, com maestria, todos os estilos!!!)

Então, já descobriu a sua trilha musical? De todos os seus momentos? Você não precisa ser compositor, precisa somente “se conhecer”. Então, boa sorte, isso faz parte do seu auto-descobrimento.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Venda tântrica: clientes para sempre



Tântrica vem de tantra, e pesquisei na web a definição sobre a origem da palavra: “A palavra TANTRA vem do sânscrito, idioma antiquíssimo que foi o berço das escrituras. É composta da fusão das palavras TANOTI e TRAYATI, a primeira significa "expandir" e a outra "liberar", implicando em expandir e liberar a consciência, o espírito e a energia potencial física, mental/emocional e espiritual do ser humano. TANTRA enfoca o ser humano e sua evolução, o aprimoramento da qualidade de vida e a expressão progressiva e sistemática de todos os aspectos da personalidade.”

Podemos ser mais do que simplesmente negociantes, nas vendas que fazemos: podemos realizar a venda tântrica. O que seria isso? Em resumo resumido, é aquele tipo de venda prospectada, bem pensada, estudada, analisada, preparada como se fosse um jogo estratégico. Ou um momento único, saboreando cada etapa. Afinal, diz a sabedoria milenar, o caminho é mais importante do que a chegada.

Minha definição de venda tântrica: uma venda elaborada, que pode levar algum tempo, onde se analisa o cliente, suas necessidades, o que realmente e onde podemos ser úteis, através de nossos produtos ou serviços. E que nos torna mais importantes e vitais para ele. Segundo a sua percepção, o que é ainda melhor.

E isso pode ser melhor percebido por ele nos serviços que prestamos, sabia? Aliás, existem serviços em tudo. Mesmo quando confeccionamos produtos e os vendemos, são os serviços por trás deles que podem tornar-nos únicos e vitais a nossos clientes. Quanto mais evoluído for o consumidor, mais valor ele dá aos serviços inseridos nesse produto.

A venda tântrica é uma expressão criada por um amigo, em uma mesa de bar. Que me fez pensar. Quantos profissionais de vendas são de fato, prospectadores? E as empresas, valorizam de fato esses vendedores, profissionais valorosos, formadores de carteiras de clientes, com vendas elaboradoras ao invés das vendas dos “tiradores de pedidos”, as vendas momentâneas e casuais?

Vendas elaboradas/prospectadas podem levar meses para serem efetivadas, até mesmo anos. Conquistar um cliente, seja pessoa física ou jurídica, é uma construção. Uma venda tântrica. Esse tipo de venda gera clientes relativamente fiéis, ou mais fiéis do que aqueles que “caem de pára-quedas”. E que sensação ótima prá quem a realiza, de conquista!

Nunca entendi empresários que não valorizam profissionais que prospectam, pois são esses que geram o maior patrimônio de uma empresa: clientes o mais próximo de fidelização (embora troque a palavra fidelização por satisfação das necessidades). São profissionais “vendedores tântricos” que formam contas fiéis, através de compradores pessoais ou profissionais (aqueles que compram para empresas, pessoas jurídicas).

E assim é a vida. A venda tântrica, ou venda prospectada, pode ser comparada a tudo na vida: quando elaboramos com sapiência e estratégia, todas as conquistas têm um sabor mais gostoso. Adeus ás coisas fáceis e aos “tiradores de pedidos”. Viva o lado desafio da vida. São nossos serviços, nossos detalhes que nos fazem especiais, como pessoas, marcas ou produtos. E detalhes, só se fortalecem no sentido tântrico de ser. Expandindo, liberando, aprimorando. E isso exige um pouco de tempo, e muita paciência. Mas com certeza, pode tornar os clientes nossos, para sempre, ou quase sempre... Relações duradouras. Não existe fidelidade sem investimento. De tempo.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Eu, meu inimigo



Assisti a um filme franco-inglês, escrito e dirigido pelo ex da Madonna (Guy Ritchie), chamado “Revólver”. Filme cabeça, prá se pensar. Tem algumas frases que registrei do filme, acompanhem:

- “O maior inimigo se esconderá onde você menos espera” (Julio César)
- “Você só se supera combatendo um oponente mais inteligente” (Fundamentos do Xadrez, 1883)
- “Quanto mais sofisticado o jogo, mais sofisticado o oponente” (autor desconhecido)
- “Você atira um osso para o cachorro e descobre suas fraquezas” (autor desconhecido)
- “Os amigos estão próximos, mas o inimigo está mais próximo” (“Estrada para o Suicídio”)
E dos psicólogos e filósofos consultados pelo autor-diretor, o Guy:
- “O ego é o pior dos trapaceiros que podemos imaginar, pois não o vemos”
- “O problema é que o ego se esconde onde você menos espera. Os pensamentos e sentimentos dele parecem ser os seus, você pensa que é você.”
- “A necessidade de proteger o ego não tem fronteiras, Ele mente, engana, rouba, mata, faz o que for preciso para manter o que chamamos de fronteiras do ego.”
- “As pessoas não sabem que estão presas, não sabem que há um ego. Desconhecem a diferença.”
- “É muito difícil para a mente aceitar que há algo além dela, algo mais valioso e mais capaz de discernir a verdade em si.”
- “Na religião, o ego se manifesta como o demônio. E claro, ninguém percebe o quanto o ego é esperto, pois ele criou o demônio para que você culpe outro.”
- “Não existe inimigo externo, não importa o que a voz lhe diga, toda percepção do inimigo é projeção do ego como inimigo. Nesse sentido, podemos dizer que 100% dos nossos inimigos, são criações nossas. Seu maior inimigo é a percepção interior, a sua própria ignorância, o seu próprio ego.”

Depois dessas frases profundas, e da excelente pesquisa psicológica/filosófica do autor e diretor, fica difícil falar. É filme prá pensar, profundamente, naquilo que colocamos como nossas limitações, nossos medos, nossos traumas, nossos inimigos.

O foco maior está centrado na estratégia e no fato de nossas limitações serem impostas normalmente, por nós mesmos, através de nossos egos. Ou seria de nós para nossos egos? Afinal, somos vítimas de nossos egos ou eles de nós? Ou seria essa afirmação uma síntese da criação de nosso maior inimigo???

O que fica, para euzinha, é uma frase de Dóris: Dentre várias opções de vida, somos o que queremos ser, e nada de idéias paralisantes. Elas nos congelam. O maior inimigo de você, é você mesmo. Suas limitações, seus medos, sua essência que quer manifestar-se e muitas vezes, você não deixa.

EBAAAA! Bom te ver!


Penso, logo, existo. E... se você está aqui, quer saber como eu penso. Se quer saber como eu penso, no mínimo, é curioso.


Curiosos ALOHA fazem bem para o mundo. Então, é nós no mundo, porque não viemos aqui a passeio!


Busco uma visão de longo alcance, sem aceitar verdades absolutas, preservando valores ALOHA, que são o ideal para um mundo mais honesto e verdadeiro.