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domingo, 18 de outubro de 2009

Parcereiando



Sabe de uma coisa? Eu não sou perfeita. Que grande novidade, né mesmo? Você não sabia? Ops! Quebrei o cristal, desculpa aí, tá bem?

Pois é, se eu não falasse, você não saberia. Ou sim? Opa, agora que você percebeu que eu não sou perfeita (e sim um ser de carne e osso, que além de ser bacana, também tem as suas expectativas, e que merece um pouco de zelo), agorinha, vai desistir de tudo, né? Mas claro: prá isso não acontecer, tem que ter parceria. Carinho, amizade, e se possível (e EBA!), amor maduro.

O textinho acima poderia ser dito por qualquer pessoa generosa, que de repente, demonstra que também quer generosidade. Parceria.

Amor maduro é aquele que mantêm as individualidades, mas sem perder a parceria, percebendo que amor precisa de dádivas, de zelo, de doações. E até de cobranças, ás vezes. Mesmo na construção. O problema é que as pessoas dizem que querem amar, mas não “se puxam”, right? Não se dispõem a de fato, parcereiar. Parcereiar é o ato de construir a parceria. Palavra saída do meu forno intelectual agorinha mesmo.

Tenho percebido tristemente (e como aqui escrevo sobre coisas que penso, observo, sinto ou vivo, essa é uma mera opinião de euzinha, viu?), que as pessoas cada vez mais não sabem o que querem. Ou ainda pior: só querem o beneficio próprio. Ok, eu já cai da nuvem faz tempo, sei que o mundo não é perfeito, etecétera e tal. Mas p.m., isso é um saco, sabia? Por que será que as pessoas se tornaram tão egoístas? Tão egocêntricas, tão vaidosas, tão oportunistas? Ai, que saquinho. Em tudo é assim: vida profi, pessoal, tá todo mundo querendo o melhor só prá si e o resto que se exploda.

Tá bom, ás vezes a gente escreve porque tá indignada (tão indignada que escrevi “tá”, ao invés de está?), mas pára prá pensar: você não conhece, de cada 10 pessoas, ao menos 8 assim? É....mas de coração, não desistirei nunca de acreditar num mundo melhor, com pessoas mais verdadeiras. Verdadeiras com elas mesmas, não tão oportunistas.

Verdade e egoísmo andam juntos? Acho que não. Você não pode ser verdadeiro se for egoísta. Existe doação na verdade, e existe verdade na doação. Verdade com uma proposta lançada, que gerou expectativa. Uma proposta de vida. Não se brinca com isso.

Quando eu casei, com 18 anos, meu ex querido marido falou assim: depois dos 18 anos, ingenuidade é burrice. Ingenuidade de não saber o que se quer? Cai fora! Todos sabem o que querem, mesmo que estejam confusos. A questão é que não praticam, não agem parceiramente. E nessa história de não praticar, machucam vidas, pessoas, trabalhos, projetos.

Sabe, voltando ao quesito egoísmo, tem uma coisa que acredito muito: parceria. Mas parceria de verdade. Parceria não é prisão, se liga aí. Parceria é fazer coisas em prol dos outros, porque os outros fazem coisas em prol de você. Parceria é acordar de manhã, é fazer um café na cama, é até mesmo tirar cravo das costas. Parceira é ser amigo, até e especialmente naquelas horas que ninguém lhe vê. Só aquela pessoa. E parceira representa retribuição.

Parceria faz crescer. Parceria constrói. Só companhia destrói. Destrói o que temos de mais sublime dentro de nós: o carinho, o zelo que sentimos. Companheiros podemos ser de uma noite. Parceiros, de uma vida. E nem por sermos parceiros, nos colocamos numa gaiola. Ou nos colocam lá.

Aliás, só nos colocam em gaiolas, se deixarmos. E ás vezes, a gente até quer uma gaiola, mas de alma. Saco.

Medos? Desculpem-me os psicólogos e afins, mas os medos só são importantes em duas situações:
- Para diminuir a adrenalina e “avisar” que tem risco a caminho
- Para bloquear sentimentos

Mas acima de tudo, eles congelam. Congelam pessoas, congelam projetos, congelam amores. Congelam vidas. F.o.d.a., meu. Ops, isso não, porque isso é muito bom.

Fui numa palestra, num dia desses, e vi um amigo na minha faixa etária (quarentinha, povo!), dizendo que a nossa geração foi a geração do egoísmo: do quero tudo agora, só prá mim, aproveitando a vida adoidado. HELOOOOOOOO! Aproveitar a vida sem construção? Sem parceria? Putz, sei não...

Menos egoísmo, galera.

Cara, ás vezes as pessoas nem mesmo valorizam que você estava sujeito a adaptações, tudo em prol de construir um amor. E vão lá: destroem algo que podia ser tão possível e bonito, né? Auto-destruição? Ou seria medo e senso de proteção daquilo que dizem: “Toda relação um dia acaba, então, não se entregue totalmente”??? Pura idiotice. Medos intrínsecos, mal tratados e paralisantes. Destruidores de novos lares.

E olha, acredito que a geração que está (tô melhorando, ufa!) amadurecendo, os na faixa de 10/15 anos, serão aqueles que darão um tapa de luva de pelica em nós, reles egoístas companheiros. Porque essa nova geração, repleta de seres realmente pensantes, lógicos, maduros e seguros, capazes de amar sem ter vergonha de amar, guerreirinhos e guerreirinhas poderosos, farão um mundo melhor que a minha geração egoísta-oportunista não fez: um mundo mais gente. Eu confio e espero (Conde de Monte Cristo).

Podia escrever horas e textos intermináveis sobre isso. Mas agora, tô precisando sair. Desculpe meu egoísmo, mas se você quiser ler mais a respeito, com opiniões de outros fofos e fofas (dessa vez, profis do assunto egoísmo-parceria), veja:

http://www.gruposummus.com.br/ver_imprensa.php?imprensa_id=128&editora=MG%20EDITORES

Divirta-se vivendo. Em construção. E parceria. Ás vezes mais generoso, ás vezes menos egoísta. E trocando de lugar. Empatia. Pode ser a chave para qualquer tipo de relação. A imagem de cima? Ego e Egoísmo, além de começarem com "E", SÃO PRIMOS-IRMÃOS.

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EBAAAA! Bom te ver!


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