O que você encontra aqui?

Coisas do mundo e conceitos da autora, que tem uma visão contemporânea do comportamento humano.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Quem apoiou o auto-aumento dos políticos e carnaval




 
Eita. É carnaval. ÓTTTTTTTTIMO FERIADÃO, this is very real. Mas ei, não podemos esquecer de toda maneira dos problemas da vida, né mesmo?

E nesse embalo, vou lembrar a todos de um episódio bem chatinho (que aconteceu a mais ou menos um ano atrás): o aumento, ou auto-aumento promovido pelos políticos a eles mesmos. Lembra disso? Veja:


Parlamentares gaúchos justificam posicionamento na votação que reajustou salários

Maioria dos representantes do Estado considera justo o aumento de 61,83%

Seguindo o retrato das votações na Câmara e no Senado, a maioria dos parlamentares federais gaúchos é favorável ao aumento de 61,83% nos próprios salários. Conforme levantamento feito por ZH, dos 31 deputados federais e três senadores, pelo menos 18 são favoráveis ao salário de R$ 26.723,13 – mesmo vencimento dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).


Já passou bastante tempo desse episódio, mas como eu tinha separado nas minhas pendências... vamos a essa triste lembrança?


Quem apoiou a votação do aumento para os parlamentares

Ao todo, 279 deputados federais apoiaram o requerimento de urgência para a votação do projeto de decreto legislativo que aumentou os vencimentos de deputados federais, senadores, presidente e vice-presidente da República e ministros de Estado para R$ 26,7 mil. Apenas 35 se posicionaram contra a urgência para votar o projeto, que elevou em 62% a remuneração dos parlamentares. Outros três se abstiveram de votar. O novo salário entra em vigor a partir de 1º de fevereiro de 2011.

A aprovação do regime de urgência abriu caminho para que o texto fosse aprovado a toque de caixa logo em seguida. Primeiro, pelos deputados e, depois, pelos senadores.

Nas duas Casas, a votação foi simbólica, ou seja, do tipo em que o congressista não declara seu voto. Na simbólica, quem preside a sessão anuncia: “Aqueles que aprovam, permaneçam como estão”. Para, em seguida, emendar: “Aprovado”. Por se tratar de decreto legislativo, o texto não será enviado à sanção presidencial, expediente que permite eventuais vetos. Veja como os deputados votaram o regime de urgência do aumento que os beneficiou, de acordo com as informações da própria Câmara, no Rio Grande do Sul:

Cláudio Diaz PSDB Sim
Darcísio Perondi PMDB Sim
Emilia Fernandes PT Abstenção
Fernando Marroni PT Sim
Germano Bonow DEM Sim
José Otávio Germano PP Sim
Luciana Genro PSOL Não
Luis Carlos Heinze PP Sim
Marco Maia PT Sim
Mendes Ribeiro Filho PMDB Sim
Osmar Terra PMDB Sim
Paulo Pimenta PT Não
Paulo Roberto Pereira PTB Sim
Pompeo de Mattos PDT Sim
Renato Molling PP Sim
Sérgio Moraes PTB Sim
Vieira da Cunha PDT Sim
Vilson Covatti PP Sim

Veja mais (se quiser detalhes de todos os estados, está nesse link, aqui inseri somente do meu Estado: http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/quem-apoiou-a-votacao-do-aumento-para-os-parlamentares)

E as justificativas deles (em Zero Hora/ClicRBS/2010)

SENADORES

Pedro Simon (PMDB) — Mandato termina em 2014
"Votei a favor do reajuste porque quero que seja extinta a verba de representação. Entrei hoje (ontem) com projeto extinguindo a verba de representação."

Paulo Paim (PT) — Reeleito
"Como foi aprovado, sou contrário. Nem sabia da votação. Sempre fui favorável a um entendimento definitivo sobre o tema para a retirada dos penduricalhos."

Sérgio Zambiasi (PTB) — Não se candidatou
"Nem sabia que estava na pauta, não foi anunciado. Foi precipitado, votado às pressas, sem chance de discutir. Poderiam ter deixado para a próxima legislatura."

DEPUTADOS FEDERAIS

Afonso Hamm (PP) — Reeleito
"Não votei, mas sou favorável. Só lamento que não fizemos as outras votações necessárias. A mesma agilidade deveríamos ter para o reajuste dos policiais."

Beto Albuquerque (PSB) — Reeleito
"Não votei, mas me posicionaria contra se estivesse lá. Se tivesse só correção da inflação, seria justo. Um aumento neste tamanho não tem razoabilidade."

Claudio Diaz (PSDB) — Não se reelegeu
"Sou favorável. Entendo que o deputado que exerce o seu papel com o devido respeito e o devido rigor merece um salário equivalente ao maior existente no país."

Darcísio Perondi (PMDB) — Reeleito
"Votei a favor porque não sou hipócrita. Aqueles que votaram contra vão receber. Internamente, eu defendi 20% de aumento e perdi."

Eliseu Padilha (PMDB) — Não se reelegeu
"Teria votado a favor. Não acho que foi demais, nem de menos. O que eles fizeram? Equiparação com o Supremo. Então acho que está dentro do padrão."

Emilia Fernandes (PT) — Não se reelegeu
"Votei pela abstenção. Como não fui reeleita, acho que tem que decidir são os parlamentares que estão entrando, que têm uma consciência formada, se é importante."

Enio Bacci (PDT) — Reeleito
"Não votei, mas sou contrário. A questão de aumento salarial de parlamentar tem de ser precedida de uma ampla discussão com a sociedade."

Fernando Marroni (PT) — 1º suplente
"Votei a favor. Primeiro, tem uma regra constitucional da equiparação. Segundo, porque estava muito defasado o salário dos deputados e do Executivo também."

Germano Bonow (DEM) — Não se candidatou
"Sou favorável. Se há algum equívoco, não está aí. Estaria na verba de representação que poderia ser reduzida proporcionalmente ao que foi aumentado."

Henrique Fontana (PT) — Reeleito
"Não estava no plenário no momento da votação, mas sempre defendi o reajuste de acordo com a inflação. Isso resultaria num aumento perto de 25%."

Ibsen Pinheiro (PMDB) — Não se candidatou
"Não votei, mas sou favorável. Foi uma reposição de uma igualdade constitucional. Fico muito à vontade porque estou falando de algo que não me afeta pessoalmente."

José Otávio Germano (PP) — Reeleito
"A favor. Foi a única proposta submetida ao plenário para reajuste. Acho justo que todos os poderes ganhem a mesma coisa."

Luciana Genro (PSOL) — Não se reelegeu
"Sempre votei contra os reajustes de salário de parlamentares. Considero que os reajustes são desproporcionais aos concedidos ao salário mínimo."

Luis Carlos Heinze (PP) — Reeleito
"Para reduzir os juros, temos de cortar as despesas. Por isso, sou contra ao aumento de salários na proporção que foi dada."

Manuela D'Ávila (PC do B) — Reeleita
"Eu teria votado contra se estivesse aqui (estava em viagem à África). Temos pautas mais importantes para votar como o aumento do salário mínimo."

Marco Maia (PT) — Reeleito
"Com isso, resolvemos uma polêmica que há anos vem sendo discutida e debatida na Câmara que é a equiparação do salários dos poderes."

Maria do Rosário (PT) — Reeleita
"Não votei. Ainda que os valores sejam altos, há um aspecto positivo: não existe mais reajustes a partir de agora. Os deputados não reajustarão mais os seus próprios salários."

Mendes Ribeiro (PMDB) — Reeleito
"Votei favoravelmente à proposição que aumenta de legislatura para outra os salários dos parlamentares. De quatro em quatro anos, aumenta-se os salários dos parlamentares."

Nelson Proença (PPS) — Não se reelegeu
"Não votei. Os deputados, como juízes e ministros, têm de ganhar bem. Tem de acabar com a hipocrisia. Sou a favor que se ganhe bem e acabe com os penduricalhos."

Pepe Vargas (PT) — Reeleito
"Eu não votei, mas a minha posição era de que tinha de ter aumento pela inflação. A forma como foi aprovado ontem foi um equívoco."

Pompeo de Mattos (PDT) — Não se candidatou à Câmara
"Sou a favor. Acho que mais cedo ou mais tarde essa equalização tinha de acontecer. O aumento não precisaria ter sido tão alto para os casos de deputado e senador."

Ruy Pauletti (PSDB) — Não se reelegeu
"Não votei, mas, se estivesse presente, teria votado contra. Não é possível que o salário mínimo tenha um aumento de 5% enquanto parlamentares recebem um reajuste de 60%."

Renato Molling (PP) — Reeleito
"Nós deveríamos ter aumento, mas foi exagerado. Eu não estava no plenário na hora da votação, mas, se estivesse, entre votar e não votar, teria votado a favor."

Sérgio Moraes (PTB) — Reeleito
“Votei a favor porque é um salário justo. É uma demagogia barata: o sujeito que votou contra agora discursa, mas ele vai botar o dinheiro no bolso. Pergunta se ele vai devolver o salário.”

Vieira da Cunha (PDT) — Reeleito
"Votei a favor. O projeto nivelou a remuneração. Havia uma disparidade. Há muitos anos os parlamentares não recebiam reajuste."

Vilson Covatti (PP) — Reeleito
"Sou favorável. Alguém teria de assumir esse desgaste e foi neste momento. Tem de haver isonomia entre os poderes, senão o poder fica humilhado."

* Os deputados Osmar Terra (PMDB), Onyx Lorenzoni (DEM), Paulo Pimenta (PT), Paulo Roberto Pereira (PTB) e Luiz Carlos Busato (PTB) não foram localizados por Zero Hora.



Triste. Lamentável. NÃO ESQUEÇAM DISSO, MEUS LEITORES. Especialmente, na hora de votar.

Eles podem falar, mas você pode não ouvir. O pior é quando você fala, e eles não escutam. Mas daí, você pode revidar. Com o voto.

Nenhum comentário:

EBAAAA! Bom te ver!


Penso, logo, existo. E... se você está aqui, quer saber como eu penso. Se quer saber como eu penso, no mínimo, é curioso.


Curiosos ALOHA fazem bem para o mundo. Então, é nós no mundo, porque não viemos aqui a passeio!


Busco uma visão de longo alcance, sem aceitar verdades absolutas, preservando valores ALOHA, que são o ideal para um mundo mais honesto e verdadeiro.