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domingo, 5 de maio de 2013

O único final feliz para uma história de amor é um acidente





Já disse que não curto a poesia pela poesia. Aquela poesia somente ritmada, e ás vezes, sem sentido lógico. Aprecio mais a crônica poetizada, aquela poesia que vai contando uma história, na forma de crônica. Espero que entendam que aprecio mais a história em si, do que necessariamente o ensaio poético por ele somente. É isso.

E falando em livros (agora estou falando), indico o autor JP CUENCA, que escreveu “O único final feliz para uma história de amor é um acidente.”

Veja a sinopse:

Este romance de J. P. Cuenca se passa em um futuro próximo na cidade de Tóquio e é centrado na figura de Shunsuke Okuda, um jovem funcionário de uma multinacional. Conquistador inveterado, ele cria uma identidade para cada namorada que conhece nos bares do distrito de Kabukicho. Mas sua rotina é abalada pelo aparecimento de Iulana, uma garçonete por quem fica obcecado. Iulana é apaixonada por uma dançarina e mal fala japonês, mas nada disso impede que os dois mergulhem numa relação conturbada. O maior problema, contudo, é que estão sendo observados. O pai de Shunsuke, sr. Okuda, paira sobre o livro como uma figura onipresente e maligna que parece querer destruir qualquer chance de felicidade do filho. Operando um complexo sistema de espionagem, Okuda grava os passos de Shunsuke, e poderá pôr em perigo a vida do casal. Com uma estrutura caleidoscópica e narradores tão surpreendentes quanto uma melindrosa boneca inflável, o romance se apropria da cultura japonesa de ontem e de hoje - dos quadrinhos, dos seriados -, para narrar uma história de amor surpreendente e perturbadora, em que a vida fragmentada das metrópoles, o voyeurismo e a perversão figuram como vilões onipresentes.

Vi um comentário em um blog (http://godotnaovira.wordpress.com/2011/02/10/unico-final-feliz/), e acho interessante transcrever: O contraste está, pois, no tão próximo capítulo 3, quando Shunsuke nos adianta aos acontecimentos e narra sua morte. Não é uma morte qualquer, a dele e de Iulana, é uma morte violenta, num vagão de metrô que explode a mando do pai. Talvez essa seja a passagem mais bonita do livro inteiro; descrita minuciosamente por um observador atento e maravilhado diante de um espetáculo assombroso. O ferro torcido, os corpos rasgados, a última vez que os namorados se olham, o som, o ar, o tempo, o instante da morte: o caos, ali, engolindo tudo...... Eu disse, aliás, que ele narra a morte mas isso é meia verdade: quem morre no acidente é apenas Iulana. Ele sobrevive, fica paralítico e preso ao ciclo de aproximação, confronto e destruição do pai....


Parece triste? É não. Ou sim. Dá uma lida, talvez entenda.




Sabe, cultura é uma coisa que não tem fim. Quando leio revistas como APLAUSO ou BRAVO, percebo que cultura não tem limite. Não dá para dizer que alguém é inexoravelmente completamente culto. Porque a cultura começa e termina nela mesma. Ou seja, quanto mais culto você for, mais percebe que tem muito a melhorar, a crescer, a aprender, conhecer, em uma dinâmica circular sem fim. Circular porque não acaba, e quando achamos que acabou, começa de novo. Isso deixa você angustiado? “A mim”, me deixa feliz! Nunca seremos completamente cultos, sempre aprenderemos mais e mais com mais pessoas. Por isso, ter amigos de todas as partes e culturas, pode nos ajudar a sermos mais... cultos. Sempre tive orgulho de meus amigos. Sim, pois são eles que me dão o aval de quem eu sou. Meus amigos dizem quem sou eu? Sim, também isso.

É muito bom cultivar nossas amizades de infância e adolescência, mas conviver eternamente e SOMENTE com essas amizades, pode nos reduzir a seres muito pequenos, com uma visão um pouco míope. Enxergamos as coisas somente sob um ponto de vista. E isso é tão limitante!

Mas voltando a questão do livro, será que todo amor perfeito acaba porque acaba? Realmente, não sei. Mas talvez esteja centrado no fato que a grande maioria das pessoas não sabe lidar com os defeitos das pessoas. Esquece que “compra” um pacote completo, quando se relaciona: qualidades e defeitos. E todos nós os temos, não temos?

Estou inspirada. Tenho fases assim, de profunda necessidade de escrever. É bom, desopila, relaxa e enriquece o cérebro. Experimenta. Ah, e não vem dizer que não gosto de estórias com finais felizes. Gosto e até que acredito. Mas ás vezes. Só ás vezes. E depende. De várias situações, épocas, pessoas e muita, muita força de vontade.


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