Já disse que não curto a poesia pela
poesia. Aquela poesia somente ritmada, e ás vezes, sem sentido lógico. Aprecio
mais a crônica poetizada, aquela poesia que vai contando uma história, na forma
de crônica. Espero que entendam que aprecio mais a história em si, do que
necessariamente o ensaio poético por ele somente. É isso.
E falando em livros (agora estou
falando), indico o autor JP CUENCA, que escreveu “O único final feliz para uma
história de amor é um acidente.”
Veja a sinopse:
Este
romance de J. P. Cuenca se passa em um futuro próximo na cidade de Tóquio e é
centrado na figura de Shunsuke Okuda, um jovem funcionário de uma
multinacional. Conquistador inveterado, ele cria uma identidade para cada
namorada que conhece nos bares do distrito de Kabukicho. Mas sua rotina é
abalada pelo aparecimento de Iulana, uma garçonete por quem fica obcecado.
Iulana é apaixonada por uma dançarina e mal fala japonês, mas nada disso impede
que os dois mergulhem numa relação conturbada. O maior problema, contudo, é que
estão sendo observados. O pai de Shunsuke, sr. Okuda, paira sobre o livro
como uma figura onipresente e maligna que parece querer destruir qualquer
chance de felicidade do filho. Operando um complexo sistema de espionagem,
Okuda grava os passos de Shunsuke, e poderá pôr em perigo a vida do casal. Com uma estrutura caleidoscópica e narradores tão
surpreendentes quanto uma melindrosa boneca inflável, o romance se apropria da
cultura japonesa de ontem e de hoje - dos quadrinhos, dos seriados -, para
narrar uma história de amor surpreendente e perturbadora, em que a vida
fragmentada das metrópoles, o voyeurismo e a perversão figuram como vilões
onipresentes.
Vi um
comentário em um blog (http://godotnaovira.wordpress.com/2011/02/10/unico-final-feliz/), e acho interessante transcrever: O contraste está, pois, no tão próximo
capítulo 3, quando Shunsuke nos adianta aos acontecimentos e narra sua morte.
Não é uma morte qualquer, a dele e de Iulana, é uma morte violenta, num vagão
de metrô que explode a mando do pai. Talvez essa seja a passagem mais bonita do
livro inteiro; descrita minuciosamente por um observador atento e maravilhado
diante de um espetáculo assombroso. O ferro torcido, os corpos rasgados, a
última vez que os namorados se olham, o som, o ar, o tempo, o instante da
morte: o caos, ali, engolindo tudo...... Eu
disse, aliás, que ele narra a morte mas isso é meia verdade: quem morre no
acidente é apenas Iulana. Ele sobrevive, fica paralítico e preso ao ciclo de
aproximação, confronto e destruição do pai....
Parece triste? É não. Ou sim. Dá uma
lida, talvez entenda.
Sabe, cultura é uma coisa que não tem
fim. Quando leio revistas como APLAUSO ou BRAVO, percebo que cultura não tem
limite. Não dá para dizer que alguém é inexoravelmente completamente culto.
Porque a cultura começa e termina nela mesma. Ou seja, quanto mais culto você
for, mais percebe que tem muito a melhorar, a crescer, a aprender, conhecer, em
uma dinâmica circular sem fim. Circular porque não acaba, e quando achamos que
acabou, começa de novo. Isso deixa você angustiado? “A mim”, me deixa feliz!
Nunca seremos completamente cultos, sempre aprenderemos mais e mais com mais
pessoas. Por isso, ter amigos de todas as partes e culturas, pode nos ajudar a
sermos mais... cultos. Sempre tive orgulho de meus amigos. Sim, pois são eles
que me dão o aval de quem eu sou. Meus amigos dizem quem sou eu? Sim, também
isso.
É muito bom cultivar nossas amizades
de infância e adolescência, mas conviver eternamente e SOMENTE com essas
amizades, pode nos reduzir a seres muito pequenos, com uma visão um pouco
míope. Enxergamos as coisas somente sob um ponto de vista. E isso é tão
limitante!
Mas voltando a questão do livro, será
que todo amor perfeito acaba porque acaba? Realmente, não sei. Mas talvez
esteja centrado no fato que a grande maioria das pessoas não sabe lidar com os
defeitos das pessoas. Esquece que “compra” um pacote completo, quando se
relaciona: qualidades e defeitos. E todos nós os temos, não temos?
Estou inspirada. Tenho fases assim, de
profunda necessidade de escrever. É bom, desopila, relaxa e enriquece o cérebro.
Experimenta. Ah, e não vem dizer que não gosto de estórias com finais felizes. Gosto e até que acredito. Mas ás vezes. Só ás vezes. E depende. De várias situações, épocas, pessoas e muita, muita força de vontade.
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